sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Kadosh Baruch Hu



Há tempos guardo essa imagem, que recebi por email, acompanhada da seguinte explicação: "essa foto é de uma formação rochosa que existe em um lago da Birmânia. Só é possível de ser tirada em um determinado período do ano, devido à iluminação solar". Aqui, a reproduzo verticalmente, que é quando se percebe o que ela traz de espetacular. Uma representação perfeita para dizer um pouco acerca do "Kadosh Baruch Hu": "Amarás o teu próximo como a ti mesmo".

Um texto com pequenas considerações, fico aqui devendo, em oportuna atualização. Mas, de um jeito ou de outro, essa é uma daquelas fotos que dispensam comentários. E muito apropriada para um 29 de fevereiro, que, como sabemos, só advém de quatro em quatro anos.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

SANA IN SANA






Recebi essa foto por email, acompanhada da dúvida de ser uma montagem ou um caso de senso afortunado de oportunidade de quem a retratou - um anônimo, dada a ausência de identificação. E eis que a imagem perfeita para o título do meu post chegava às minhas mãos.

Discorrer sobre as infinitas nuances que para mim podem ser ditas sobre um viver 'sana in sana' talvez fossem complexas e demasiadamente longas, assim como falar acerca das possibilidades que se abrem a partir de uma face que sorri liberta e transparente, como que se permitisse o vislumbre de todas as cores de sua "anima": alma, espírito, mente, gênio, índole, coragem, resolução, intenção, vontade, força! Palavras sinônimas que possibilitam a vida dessa mesma anima latina, como bem explica o nosso vernáculo Aurélio.

Pois hoje mesmo lia ao desjejum acerca de pesquisa feita em pacientes depressivos, que utilizam remédios chamados de última geração, a exemplo de Prozac e Efexor: pouco foi o efeito constatado, comparativamente àqueles que tomaram placebo, motivo pelo qual apontou no horizonte a conclusão de que a melhora de portadores de depressões em graus elevados pode estar mais próxima de fatores de ordem psíquica do que efetivamente química.

Há tempos curiosa por esse tema, compartilho leigamente a teoria que propõe que cada célula do corpo possui um núcleo psíquico e, por isso, a química é alterada pelo psicológico, diversamente da ótica de que os estados depressivos seriam deflagrados por deficiências na produção e captação de substâncias essenciais para o bem-viver.


The Secret, por exemplo, nos conta sobre o segredo de criarmos uma realidade psíquica/mental a qual se projetará no plano real, conforme a intensidade de nossas convicções. Não li o livro e não terminei de ver o filme, mas o que chegou até mim foi o suficiente para que fizesse soar o meu alarme sobre os poucos conhecimentos que tenho acerca do budismo. Manejar e intensificar desejos para torná-los realidade pode ser, dentro da perspectiva a que se propõe, algo que nos leva a um profundo apego a pessoas e situações, exatamente o contrário da liberdade que a imagem do post budicamente evoca.

Essa premissa parece para mim imprescindível antes de seguir falando sobre boas vibrações e mentalizações. Há certas regras, por exemplo, que devem ser observadas a quem se lança nessa seara: ecologicamente correto é um dos termos utilizados para referir-se à ética de não interferir na liberdade e vida alheia, sob o risco da responsabilidade de aprisionar ou prejudicar o outro, por conta de um sonho egoisticamente voltado para o bel prazer do seu euzinho. A isso, por exemplo, a doutrina kardecista chama de tornar-se um obsessor encarnado. Recomenda-se, ainda, além da utilização de formas de expressão positivas e no tempo presente, que as mentalizações tenham uma espacialidade, o que significa dizer dia/tempo para acontecer. É que, para aqueles que acreditam em vida após vida, é certo que o que se denomina por karma, destino ou maktub - o estava escrito na estrelas, retrata a realização de um desejo insatisfeito que teria sido plantado e alimentado por nós mesmos em alguma existência prévia, ao ponto de se tornar fato certo a colheita, mas em uma realidade outra, o que pode gerar certos inconvenientes, se considerarmos a possibilidade de mudarmos de idéia e de vontade... ou seja, a nossa eterna impermanência, o que nos permite a evolução- graças!!!

Tudo o que trouxe até aqui, porém, foram apenas algumas recomendações de bula para o que, para mim, é o melhor remédio: o sorrir para a vida, a concentração do olhar para as pessoas, situações e gestos que nos trazem alegria. Coisa simples de falar e dizer, mas perfeitamente compreensível de se imaginar o quão difícil para quem vive mergulhado em um mar de vibrações depressivas, que apenas isola e nos afasta uns dos outros.

Sana in Sana, para mim, é, enfim, um propósito de vida. E como diz o nome e o retrato, formado por três elementos os quais, em harmonia, fazem sorrir.

Como mencionei antes, como já anunciei no post anterior, as possibilidades do tema são infinitas, mas nem por isso impossíveis de serem ditas, dia após dia.