quinta-feira, julho 24, 2008

ConSensual











É com rudeza,
Sem gentileza,
Que adoeço
Sem acerto!
Desconcertado conserto...

É com sentir
E com senso,
Que concedo
Com acerto!
Concertado concerto!

Brincadeira em palavras, a partir do texto "Constituição Corporal: Desenvolvimento Perturbado da Capacidade de Consentir como Base de Intervenções Paternalistas", por Dirk Fabricius, Professor Titular de Direito Penal, Criminologia e Psicologia Jurídica da Universidade de Frankfurt am Main, publicado em "Direito e Psicanálise- Interseções a partir de 'O Mercador de Veneza' de William Shakespeare", Lumen Juris Editora.

Conserto: restaurar, ato de consertar.
Concerto: consonância de vozes, harmonia, ajuste.
Consertar: do latim 'consertare', 'conserere' - reunir partes desajustadas.
Concertar: do latim 'concertare' - colocar em boa ordem.
Consertado: emendado, corrigido, remendado, desconjuntado.
Concertado (particípio passado de concertar): brando, calmo, sereno, apurado, estudado, modesto, composto.

terça-feira, julho 22, 2008

Metaformose Ambulante.


Pediram-me um escrito 'claudiano', claudicante arrogante, sempre em busca de algo que nos aproxime mais da completude, mesmo diante, como dizem muitos, da nossa falta constitucional? É que talvez o inteiro não seja, necessariamente, preenchido pela concretude...mas também por outras coisas menos paupáveis, algumas até sem forma, sem odores ou cores, que poderiam passar quase que desapercebidas, se não fosse a imensa falta que nos comunicam quando se fazem ausentes.

E eis que eu, tantas vezes tão disposta ao falar, ao escrever e ao questionar tantos porquês, venho hoje homenagear o silenciar, como que convidando ao meditar sobre a idéia de que a mente é um sentido, como dizem os budistas e, por isso mesmo, deve ser ultrapassada, para chegar-se a uma compreensão que nos leva para um mais além do lugar para o qual nos conduz a imaginação!

Não consigo, entretanto, formular uma possibilidade de dar ao conhecer tal perspectiva sem passar pela condição básica do palavrear... e é nessas horas que os poetas nos prestam ajuda valiosa. Assim é que, hoje, sirvo-me do Raul, que cantou a letra do Paulo Coelho, que escreveu preferir a constante transformação do que à imutabilidade, quando nos confessou ser mais afeto à "uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".

Quem igualmente endossa a idéia é Helena Blavatzky, ao propor que "muito mais grave que uma enfermidade incurável é um pensamento imodificável".

E é assim que venho aqui, rapidamente, para convidar a todos ao desafio de vencer, cada um à sua maneira e ao seu devido tempo, as amarras que nos impedem de alçar os vôos que a nossa imaginação às vezes se permite. Sem, entretanto, como de costume, ponderar que certos nós não devem ser desfeitos sem uma acurada análise das suas razões de ser, como nos ensina o yoga, ao trazer o conceito dos "granthis", nós de segurança internos em número de três, que se localizam ao longo da "shushumna", a coluna vertebral sutil, segundo a visão yogue.

Então, por hoje é isso: metamorfosear sim, mas com a garantia de respeito a si próprio e ao outro é o pensar que venho hoje, aqui, depositar, com votos de que em breve muito se possa desfrutar dos lucros desse achar. E para tanto, é preciso confidenciar o erro que, no depois, acenou para um acerto, quando ao invés de escrever metamorfose, os dedinhos que gostam de trocadilhos digitaram metaformose... como se formosura não viesse de forma, que do latim formosus diz-se que também nasceu o filho hermoso* da nossa querida língua-irmã espanhola!

*http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=21760

** Texto para reflexão: "Para além da soberana crueldade, uma utopia possível", de Sérgio Telles, em: http://www.estadosgerais.org/resenhas/telles-para_alem.shtml

sexta-feira, julho 04, 2008

Saudações Teschianas da Silésia









Saudações Teschianas da Silésia - Uma Cidade Dividida, para compor com essa Sanidade Bandida.




Hoje venho aqui para desejar um final-de-semana radiante! E para tanto, dedico-lhes de coração toda a exuberância da paisagem, com augúrios de que a imagem não remeta a uma possível miragem, da lembrança da realidade que desde sempre nos brinda é com intensa camaradagem.

Se aqui estou para falar-lhes, como sempre das nuances da bricolagem entre miragem e realidade, o fato é que nada disso estaria aqui se não fosse o registro de um passado, sempre a preceder um futuro que, bem presentificado, quiçá possa levar a um porvir menos assombrosamente inusitado, trazendo nuvens auspiciosas para a realização dos sonhos previsivelmente esperados e desejados.

Essa história, bem, começou com um encantamento! Foi um inundar d'olhos quando vi as fotos gentilmente compartilhadas por um querido amigo virtual, que nunca mirei olhos com olhos, se bem que conheço desde muito o seu painho... Copiei-as para mim, se foi furto de coisa virtual alheia já não sei direito o que dizer. Um gesto que, de qualquer forma, já prenunciava o mistério que estaria por desvelar.

As tais gravuras se tornaram, no meu depois, que virou hoje e amanhã voltará ao seu depois, propícias para uma correlação, creio eu, que não se qualifica de estelionatária, se eu disser que as imagens, parecidas, mesmo que distintas, feitas por pessoas diferentes, em épocas afastadas e com técnicas bem diversas, me encantam mutuamente e despertam conjuntamente o meu agradecimento pela arte, razão pela qual asseguro que se equivalem perfeitamente em suas capacidades de despertar meu deslumbramento.

As telas foram pintadas por Gaspar David Friedrich (1774-1840), de nacionalidade germânica, considerado um artista expressivo e dramático, capaz de pintar paisagens emocionais, que criou para Count Thun, em 1807, um altar para o seu castelo, localizado em Teschen - uma cidade dividida pelo rio Rio Olza, na Silésia, região que hoje se localiza entre a Áustria, Polônia e República Tcheca.

A aproximação, com a minha história, nesse aqui e agora, decorre de um olhar mais atento para a impressão de uma foto antiga, que já conhecia dentre as relíquias fotografadas dos passos que no mundo me precederam. O jovem altivo, de tez clara e bigode a lhe conferir um semblante requintado, que pousou para a posteridade, ao que tudo indica chamava-se Richard! Infelizmente, as Guerras Mundias que se seguiram à imigração de meus antepassados para as terras tupiniquins não permitiram que a língua, então materna, fosse repassada às gerações que lhes sucederam. Mistério que pretendo em breve desvelar: os escritos, com ares de dedicatória, que se encontram no verso da figura...


O enigma foi ligeiramente desanuviado por meus primeiros intérpretes, que acreditam que, para além da caligrafia de difícil leitura, algumas palavras devem provir de algum dialeto da região (http://en.wikipedia.org/wiki/Cieszyn_Silesian_dialect). Conseguiram, ao menos, identificar que o sobrenome do altivo era Hellmich e que a foto foi tirada em algum pós-guerra, não se sabe se a primeira ou a segunda... Uma segunda leitura mais atenta de outro amigo já assegura que a redação é em alemão original, que nada tem de dialeto. O contexto da dedicatória aponta a existência de uma outra fotografia remetida em conjunto que muito agradaria a quem foi endereçada, que começa com Das Bild e termina com denn sein Frau hat mir noch ens von Richard und Jhr geschickt!

Em busca de maiores referências, meu olhar curioso, que num primeiro encontro não se deu por vencido à primeira barreria de enteder a caligrafia de uma língua estrangeira não dominada, percebeu em relevo no canto inferior direito a cidade onde foi impressa! E adivinhem onde foi? Teschen, a cidade dividia, perfeita para ilustar um post nesse pensar sobre uma certa 'sanidade bandida'...

Foi assim que eu, que sempre achei que descendia apenas de germânicos, pela avó materna, fico agora a me perguntar se não tenho alguma misturinha teschiana, região silesiana!

Inevitável, assim, que me despeça, hoje, com beijocas silesianas, uai! Portanto, meus sinceros desejos de um final-de-semana radiante, em homenagem às coincidências da vida, que nos aproximam e nos afastam, entre tantas idas e vindas!

Beijocas 'silensianas', quase sussurradas, feito o vento, todo petulante, sibilante... ;))


*Na foto, antiga, encontra-se impressa a referência Tetschen an der Elben, forma comum de denominar cidades sobre rios na língua alemã. Entretanto, optei pela grafia Teschen, por ser encontrada em maior quantidade nos resultados de busca do google.


www.wikipedia.org.wiki teschen - 20 k,
www.staypoland.com/teschen-de.htm
http://everything2.com/title/Teschen
http://list.genealogy.net/mailman/archiv/schlesien-l/1999-07/1999-07f.html
http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,883709-1,00.html




Gravuras de Caspar David Friedrich "Mondaufgang über der See" e "Abendlandschaft mit zwei Männern", disponíveis em http://www.reproarte.com/suche/suche/7/index.html.
Fotos de Guilherme Zippin, tiradas em janeiro de 2007, retratando a Ilha do Mel, Paraná.

PS. Procurando no google, achei uma referência em www.feldgrau.com/search-officers1.php?Forename=&Surname=W sobre um Richard Hellmich que teria nascido em 12.6.1886, em Posen, e teria falecido em 1944, na Grécia. Se, entretanto, a foto foi retirada após a segunda guerra, não seria o moço da foto, mas se foi após a primeira... mistérios a desvendar no porvir!

quinta-feira, julho 03, 2008

O tesouro da lei - O Sutra de Hui Neng



Quem me apresentou a história de Hui Neng foi o Wu Long Fu, ou o Luiz, se preferirem. Tepareuta natural, natural de Hong Kong (tel. 041-3562-1569), acupunturista, prática deveras indicada para quem anda à procura de esvaziar o "saco-cheio"! Sem maiores ilações para o momento, o texto fala por si só. E a conclusão, lá no final, parece-me perfeita para as correlações que gosto de fazer, sem qualquer intenção estelionatária, oxalá sempre me permita a boa lógica.

Enjoy, as always :))


"Huei-Neng ocupa lugar de destaque na história do Zen. Não foi apenas o último patriarca da escola (daí por diante sucederam-se muitos mestres), mas também o primeiro chinês a formular concretamente a verdade do Tch'an em sua língua materna.

Se bem que seja difícil distinguir seus próprios sermões (o "Sutra da estrada") da contribuição do discípulo Chen-Hueí, os textos revelam o surgimento de uma espiritualidade nova, original, característica da realidade chinesa e destituída das influências didáticas indianas.

A paixão chinesa pelo concreto, pela verdade tangível pôde enfim, graças a Huei-Neng, mostrar-se, sem ceder nos pontos cruciais da doutrina.

Criado por sua mãe na pobreza, Huei-Neng é freqüentemente apresentado como um "bárbaro" sem letras, frustrado e grosseirão. (Há por certo algum exagero ostentatório nessa "anti-hagiografia"). Certa vez, quando vendia bois numa praça de mercado, ouviu uns monges salmodiando sutras. Profundamente tocado pelos versos, abandonou a família e se foi em busca de um monastério que o acolhesse.

Por muito tempo peregrinou oferecendo seus préstimos em troca de um prato de sopa. Por fim, reencontrou seu mestre Hung-Jen, que o reconheceu ao primeiro olhar, mas, receando irritar seus discípulos mandou-o para a cozinha, onde teve de se contentar em pilar arroz.

Huei-Neng, satisfeito com essa situação precária, aguardava sua vez, assistindo aos ofícios quando lho permitiam e passando por tolo aos olhos dos mais eruditos...

Hung-Jen, pressentindo seu fim próximo e preocupado com a sucessão, resolveu abrir um concurso para escolher o novo mestre do monastério.

Cada monge devia compor uma gatha (sentença versificada) onde exprimisse sua compreensão pessoal do budismo.

A maioria dos monges, convictos de suas limitações, preferiu deixar a Shen-Hsiu a iniciativa dessa tarefa difícil. Todos o consideravam exemplar, versadíssimo nas escrituras, capaz de debelar os pontos mais complexos de doutrina. Por certo estava destinado às maiores distinções...

Shen-Hsiu aplicou-se na redação de uma gatha impecável, que deixaria longe os eventuais concorrentes. Após longa cogitação, resolveu dependurar sua obra num dos corredores do monastério. No dia seguinte, todos leram e gabaram a incontestável qualidade espiritual da sentença.

"O corpo é a árvore da iluminação,
O espírito é o suporte de um espelho brilhante.
Limpai-o constantemente, com inteligência sempre alerta.
Para preservá-lo da poeira do mundo."

The body is a Bodhi tree,
the mind a standing mirror bright.
At all times polish it diligently,
and let no dust alight.

Essa gatha, no entanto, não teve a ventura de agradara Hung-Jen, que a criticou publicamente, deixando o pobre autor amargando o fracasso inesperado. "Ainda não percebestes a natureza da alteridade. Chegastes à soleira, mas não passastes a porta. Impossível alcançar a sabedoria sobre semelhante base."

Huei-Neng pediu para ouvir a gatha criticada e imediatamente compôs uma outra, encarregando um monge de lavrá-la na forma devida:

"A iluminação não é uma árvore,
Nem o brilhante espelho um suporte.
Não sendo coisa alguma,
Como a poeira nele depositar-se-ia?"

Bodhi is no tree,
nor is the mind a standing mirror bright.
Since all is originally empty,
where does the dust alight?

菩提本無樹,
明鏡亦非台;
本來無一物,
何處惹塵埃?

Hung-ien, ao tomar conhecimento dos versos de Huei-Neng, decidiu transmitir-lhe o saber. Mas, temendo a reação dos discípulos, que talvez não compreendessem como um analfabeto poderia se beneficiar daquilo que fora negado ao mais capaz deles, recebeu Huei-Neng secretamente na noite seguinte.

Depois de confiar-lhe a tigela e o manto (símbolo dos mestres da doutrina), falou-lhe longamente sobre o Sutra do Diamante. A seguir, despediu-o, recomendando-lhe desaparecer no seio da natureza e conservar o anonimato por um bom tempo antes de se apresentar oficialmente no momento devido.

Mais tarde, interrogado sobre a razão dessa escolha, o mestre respondeu: "Quatrocentos e noventa discípulos meus compreendem bem o budismo. Huei-Neng é a única exceção. É homem que não se pode aquilatar pela medida comum. Por isso a tigela e o manto lhe foram confiados".

Huei-Neng, de fato, nada compreendia do budismo: a doutrina e as escrituras permaneciam obscuras para ele. Em contrapartida, enquadrara-se em sua perspectiva e o despertar não tinha mais segredo para ele.

A gatha que compusera traduzia com admirável concisão seu nível de compreensão: a iluminação ou o espírito não são objetos, é inútil cultivar esse engodo e procurar preservar uma pureza inconsistente por meios falaciosos. Ser é o bastante...

Huei-Neng passou quinze anos em solidão, aprendendo a ler e a escrever, meditando e aprimorando sua compreensão "selvagem" com a leitura das Escrituras.

Em 676 começou a ensinar e a conduzir muitos discípulos à iluminação. A estes cabia construir, em seguida, escolas e mosteiros, que foram se sucedendo sem interrupção até o ano mil.

A semente do Tch'an germinava enfim, e a árvore florescente do budismo chinês prometia uma bela colheita... Suas raízes extraiam a força da terra! Degustar o fruto do Zen é descobrir um perfume e um sabor que não se esquecem jamais, e que já se depreendem das páginas mais formosas de Lao-tse e Tchuang-tse.

A comparação das duas citações seguintes é suficiente para justificar essa convergência metafísica.

"Conservai a unidade de vossa vontade. Parai de escutar com o pensamento, fazei-o como espírito. A função do ouvido é ouvir; a do pensamento, formar imagens e idéias. Quanto ao espírito, é um vazio que responde a todas as coisas. O Tao está no vazio - o vazio é a abstinência de pensar."
Tchuang-tse (séc. IV ou III a.c)

"Quando nosso espírito se acha livre de peias - e não cogita do bem ou do mal -. é preciso não abismar-se no vazio puro e assumir a imobilidade da morte. Melhor esforçar-se para ampliar o saber e os conhecimentos a fim de alcançar a consciência do próprio espírito e compreender a fundo o ensino essencial de todos os iluminados. Deve-se cultivar um espírito de harmonia simpática com os outros e banir a idéia paralisante do "eu" e do "tu" até chegar à completa iluminação e à plena consciência de sua verdadeira natureza - que é imutável."


Conta-se, ainda, que o mestre, percebendo que seus dias de existência na terra se aproximavam da barreira da morte, deixou aos seus alunos o ensinamento:


"Cada um de vocês, faça o seu melhor; vão para onde as circunstâncias os levarem.
Com aqueles que são simpáticos
Vocês devem manter discussões sobre o Budismo.
E com aqueles cujo ponto de vista difere dos seus,
Tratem-nos com polidez e tentem faze-los felizes.
Disputas são alienígens para a nossa escola,
Elas são incompatíveis com o seu espírito".

"Do your best each of you; go wherever circumstances lead you.
With those who are sympathetic
You may have discussion about Buddhism.
As to those whose point of view differs from ours,
Treat them politely and try to make them happy.
Disputes are alien to our school,
They are incompatible with its spirit".


E quanto ao destino? Bem, disse-me o aplicado aluno Luiz, o Wu Long Fu, lá do começo:

"A prática total muda o destino no TAO".

Texto original publicado em http://www.nossacasa.net/SHUNYA/default.asp?menu=148
Para mais informações, procurar em:

http://en.wikipedia.org/wiki/Huineng
http://www.dharmaweb.org/index.php/The_Sutra_of_Hui_Neng
http://sped2work.tripod.com/huineng.html
http://teosofia.wordpress.com/2008/03/03/resumos-do-sutra-de-hui-neng/
http://www.theosociety.org/pasadena/sunrise/50-00-1/as-elo5.htm

quarta-feira, julho 02, 2008

O Vazio de Nothing Else


Homenagem a Macabéia, a estrela d'a hora da estrela, romance de Clarice Lispector.


Ar, ar, ar,
Nadar, nadar, nadar,
Nada a dar, nada a dar, nada a dar.
Só ganhar, só ganhar, só ganhar?

E amar e amar e amar?
Amar o ar, amar o ar, amar o ar,
Desejo de você, por inteiro respirar...
De ir até o mar e contigo namorar!

Respirar, respirar, respirar,
Para dizer que a res latina,
A coisa, vai pirar...

Nada erre!
Nada erre...
Nada erre?

Tudo aceite!
Tudo aceite...
Tudo aceite?

Everything
Accept!
Except
To be reject!

Me aceita, me aceita, me aceita,
Por completo, por inteiro, sem rodeio.
Odeio...?
Quero uma composição ao meio...

E no rejeite do enjeite,
Ajeite é com muito enfeite!

Mas vale o lembrete:
Se não aprofundar,
À coisa só resta o boiar!

So, if you feel deleted,
Like a res latina na latrina,
Fly over all the foolish things
And smile inside dona menina.

PS: Pensei em ilustrar esse post com unhas sujas, roídas, de mulher, cobertas por vestígios de esmalte vermelho que se perdeu ao dedilhar as letras sobre o teclado. Mas essa foto teria que ser ainda composta e dado o descomposto, de quem no mundo não encontra o seu posto, nada melhor do que um sorriso sem rosto.