terça-feira, julho 25, 2006
Sonhando AmarEla, uma tragédia grega.
Ali me revi.
Dirigindo as suas largas avenidas...
Parecia que tinha novamente sobre mim
Um céu diferente, de horizonte aberto e sol radiante,
Feito ela a me dizer:
Em mim a felicidade está mais próxima.
Leda leda sensação,
Como ledo o sonho?!
É amarela
A cor da natureza morta.
A mesma cor do ciclo
Amargarela as minhas entranhas.
AmarElas,
AmarElas...
Pois hoje acordei com a barriga emperrada,
Emburrada de tão empedrada...
Quase paralisada,
A me sorrir amarelada.
Fotos por Ketty El Hajjar, em Atenas, Kefalonia, Itaka e Zakintos, na Grécia, em junho/2006. O mar azul é para brindar com um sabor diferente àquelas cidades quentes e ensolaradas, sempre a prometer em suas miragens que depois daquela curva, logo ali, ele estará lá, já sabendo que não estará. E para noa, rezo Cazuza: se não tem, a gente inventa.
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2 comentários:
Alguns amigos gostam de me incentivar, mas não se reduzem a elogios graciosos. Um deles compartilhou minha brincadeira amarelinha com outro amigo e lá veio a crítica: "A coisa não vai tão mal até a última "estrofe", que é uma tragédia."
Bem, quanto a isso, compartilho aqui um pedacinho da minha resposta: mudei uma palavrinha, para evitar a cacofonia, não sem certa relutância. Esse é o meu melhor jeito de fazer alguma piada humorada, não tenho o dom para contá-las.
Quanto à tragédia da última estrofe, bem... ela pode não combinar lingüisticamente, mas se acometeu ao leitor a sensação de uma tragédia, foi bem por isso que acrescentei ao AmarEla o adendo: uma tragédia grega, querendo assim pontuar o antagonismo entre as sensações que os bons sonhos nos trazem e aquelas que a realidade nos impõe.
Cláudia.
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