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Será ilusão ou embriaguez,
Esse duplo,
Com cores de nudez?
Reflexos de dois sexos,
Conversos e conexos?
Se fossemos assim tão desconexos
Não exalariam meus versos
Tantos desencontros sem nexo...
Desconecto,
Eis meu senso cético:
“In vino veritas”!
Ah, doce ilusão,
O não voltarás a me ver jamais,
Quando tantos reflexos de nós mesmos,
Retornamos em desvairos e desafios!
Desfoco teu foco-
Mas é para te ver melhor.
*As fotos retraram a espécie "Diaethria clymena", as duas primeiras tiradas por mim, em 25.5.2008, em uma chácara no Passaúna, arredores de Curitiba, e as outras duas pelo amigo Daniel Trein.
Um comentário:
Vim aqui me comentar, em homenagem à observação da minha amiga Ketty e para dizer que essa poesia não é finita, assim como o oito infinito que trazemos nas asas da transformação.
E para descontrair, oito, o número do infinito, rima com biscoito. E do oito-biscoito, de coito-em-coito, cumprimos a tarefa nossa de cada dia: encarnar o verbo.
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