domingo, agosto 17, 2008
Flores pela manhã
"O idioma nipônico, por vezes se assevera, é único, sem pai, sem filho e sem irmão. De certo modo, o Japão, na conquista do desenvolvimentoe do progresso, também se pauta por desempenho peculiar, ainda que possa ter imitadores, como os 'tigres' que procuram plagiar-lhe o civismo, o valor e a virtude, na caça do mistérico DNA do desenvolvimento, como ocorreu com as duas economias chinesas, ambas organizadas e comandadas literalmente por soldados de longa e sofrida guerra, pouco interessando se ganha ou perdida. Aliás, a formação de quem repôs em pé o Império do Meio é essencialmente nipônica: o jovem Mao se modelou nos samurais e não na escola soviética, onde estudou Xancaixec. A forja nipônica de Mao fora superior à dura disciplina do soldado soviético. Pôr novamente a China de pé não seria obra fácil ou expedita, mas aqui não cabe valorizar ou desvalorizar a figura de Mao. Os contrastes e os confrontos da vida têm números surpreendentes, mesmo sem levar água demasiada ao moinho de Chesterton, mestre abusivo do paradoxo".
(Samurais e Bandeirantes, Contrastes e Confrontos inexoráveis, Virgílio Balestro, Ed. Kaygangue Ltda., págs. 96-97).
Foto tirada em 17.8.2008, Praça do Japão, Curitiba, Paraná.
* Tchang Kai-Chek e Jiang Jieshi são algumas das outras grafias que se encontra para a transliteração do nome do general vencido por Mao. A opção pelo nome à portuguesa, ao estilo camoniano, é uma dentre tantas provocações que o livro sutilmente apresenta, em busca de despertar a civilidade entorpecida nas terras de Macunaíma. As melhores aulas ao aluno interessado, do meu grande mestre, que se tornou gigante a partir da sua humildade, é o que carinhosamente lhes confessa a aluna para sempre 'tiete' ;))
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