quinta-feira, agosto 07, 2008
Flores por Decreto
Esse post começou num dia cinza, dia de chuva, dia frio. Parada num certo balcão de espera, avisa a minha Rede Paranaense de Televisão: Flores por Decreto! Hora do almoço, semana de preparativos para a abertura das Olimpíadas na China. Uma China comunista, que quando veio ao mundo achou que toda a arte contrária à sisudez do cinza era subversiva. E toda a produção de beleza foi castigada por décadas, em tempos em que até abandonar recém nascidas do sexo feminino nas ruas era tido como necessário. Mulheres podem ser belas, mas importa mais o varão que sustenta, do que uma beleza que desvia do objetivo comum. Quando a nova geração germinou e cresceu, alguns se deram conta de que os jovens não sentiam saudades do que lhes era estranho: as flores, por remeterem à beleza, foram proibidas de serem plantadas. Parece estranho obrigar alguém e, muito mais, uma imensa sociedade a plantar flores, pelo fato de que a grande maioria já nem se lembrava mais da alegria que a primavera traz ao mundo, ao sussurrar pelos ventos que a natureza renasce em festa!
Sim, flores por decreto. A beleza, banida, retornando em forma de imperativo categórico. Uma medida drástica, para tentar recuperar certas asneiras de outrora...
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Um comentário:
A vida urge, mas antes que eu venha aqui para dar os retoques necessários, venho deixar, por hora, em comentário o que achei que faltouÇ
Um Beijing 2008 prá vc que veio até aqui ;))
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