Dia-a-dia para um lar,
Querem-na morar!
É um colar, é um dar-se em par.
II
Dia-a-dia para amar,
Desejam-se enamorar.
É um tear, doce enlear.
Foto por LiSchulman.
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Quem sou eu
- Cláudia
- Sou uma mulher, com traços de menina. Quando pequena, gostava de ser feito gente grande. Agora crescida, adoro é sentir em mim a menina de sempre. Tenho fé. E ela repousa na maravilha da fidelidade ao si mesmo, sem medo da censura alheia que sói acometer no anteparo da convivência. Sempre em busca dos melhores frutos, que nascem da existência em consonância com o diferencial constitutivo, que nos torna únicos, cada um à sua maneira, aviso aos navegantes: o diferente, aqui, é um valor essencial, porém nada fácil, por exigir de cada qual, na busca da fidelidade à sua singularidade, a tolerância pela divergência, que brota nessa nossa terra fértil de todos os dias :))
2 comentários:
Nesse haikai, a contagem da métrica, na segunda frase, é uma questão de vida ou morte para a inclusão expressa ou implícita do sujeito eles - 'composto', se quisermos concordância ideológica!
Se entoarmos Que-rem-na-mo..., o eles se torna imprescindível. Se a sonoridade pedir a leitura que-rem-na-mo-rar, deixemos os sujeitos implícitos, no gozo pleno do anonimato.
Quando vc estiver lendo esse haikai, saberá por qual rima optei.
Na via expressa da veia,
Veio outra métrica.
E-les-que-rem-na...morar! Nessa nova rima, o desejo de querer nela morar cede ao desejo de querer namorar. Brincar com palavras, enfim, é o que me torna essa eterna enamorada! :))
1ª versão: Querem-na morar
2ª versão: Eles querem-na morar
3ª versão: Eles querem namorar.
Observe que na segunda e terceira versões, para contar-se cinco sílabas, se faz necessária uma mudança de entonação quando se lê o eles. A segunda versão requer um eles de um sopro só, feito monossílabo, enquanto a terceira pede um eles pausado, para rimar com aquele eterno namorar, que vive sem pressa alguma!
Junho 12, 2007
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