quinta-feira, junho 12, 2008
Mico e Vaquinha: eternos e-namorados!
Para não deixar passar esse 12 de junho em branco, data em que se comemora o "Valentine's Day" pelas bandas de cá, um texto nada programado, a partir dos nomes e histórias quase reais dos nossos personagens, flagrados pela minha câmara, aqui, às voltas um com o outro :))
O Mico foi um cachorrinho que, quando o caseiro da chácara de uma amiga achou lá pelas bandas de Colombo, onde fica a casa da sua namorada, recebeu esse nome não só por ser parecido mesmo com um macaquinho, mas também porque acharam ser filhote de labrador. Mas hoje, o Mico já não é mais criança e todo mundo sabe que ele é mesmo um vira-lata.
A Vaquinha apareceu lá no Barigüi, o parque. E nas redondezas fez seus dois lares. Na verdade ela não é uma vira-lata qualquer, abandonada. Também lady por natureza, foi ela quem adotou seus lares e donos. À luz do dia, na vizinha, com toda a companhia da dona da casa e das crianças, manhã e tarde afora e, mais à noitinha, do marido também. À noite, vai-se para a outra casa, de sua outra dona, onde divide um aprazível espaço com outros cachorros de coração, uma mais velhinha, já cega, e outro em pleno vapor da juventude- seu companheiro nas andanças noturnas por caminhos alhures do parque, com seus mistérios alumbrados*, desvelados à luz da lua. O nome, já trazia impresso em seu semblante, branco, preto e um pouco de um dourado castanho, como toque de sua singularidade.
Mico e Vaquinha não moram juntos, ele fica com as coisas do campo, enquanto ela se ocupa de suas outras casas, de suas outras vidas. Mas volta e meia, quando o fim-de-semana chega, eles se encontram no campo, às vezes em festa, em meio a outros amigos, às vezes em manhãs mais 'cosi', como aquelas que remetem ao aconchego do aconchego.
*alumbramento, segundo o Aurélio: inspiração sobrenatural, iluminação, deslumbramento, maravilhamento.
"Um dia eu vi uma moça nuinha no banho. Fiquei parado o coração batendo. Ela se riu. Foi o meu primeiro alumbramento." (Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira, p. 116).
Em 13.12.2008: Bem, na verdade essa história, feita em cima de tantos aparatos da realidade, não conseguiu se furtar do fenômeno que acontece com o contar, pois lá fui eu fazer confusões. Pois bem, por isso a referência a fatos quase reais. De qualquer forma, venho aqui para contar a existência de uma outra personagem, chamada Nina. Se a Vaquinha e a Nina são uma alter ego da outra, isso é coisa que só a imaginação vai poder dizer... e, também, se meus ímpetos escrivinhantes desejarem, com essa historinha, prosseguir :))
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Um comentário:
muito legal seu blog
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