quarta-feira, julho 02, 2008

O Vazio de Nothing Else


Homenagem a Macabéia, a estrela d'a hora da estrela, romance de Clarice Lispector.


Ar, ar, ar,
Nadar, nadar, nadar,
Nada a dar, nada a dar, nada a dar.
Só ganhar, só ganhar, só ganhar?

E amar e amar e amar?
Amar o ar, amar o ar, amar o ar,
Desejo de você, por inteiro respirar...
De ir até o mar e contigo namorar!

Respirar, respirar, respirar,
Para dizer que a res latina,
A coisa, vai pirar...

Nada erre!
Nada erre...
Nada erre?

Tudo aceite!
Tudo aceite...
Tudo aceite?

Everything
Accept!
Except
To be reject!

Me aceita, me aceita, me aceita,
Por completo, por inteiro, sem rodeio.
Odeio...?
Quero uma composição ao meio...

E no rejeite do enjeite,
Ajeite é com muito enfeite!

Mas vale o lembrete:
Se não aprofundar,
À coisa só resta o boiar!

So, if you feel deleted,
Like a res latina na latrina,
Fly over all the foolish things
And smile inside dona menina.

PS: Pensei em ilustrar esse post com unhas sujas, roídas, de mulher, cobertas por vestígios de esmalte vermelho que se perdeu ao dedilhar as letras sobre o teclado. Mas essa foto teria que ser ainda composta e dado o descomposto, de quem no mundo não encontra o seu posto, nada melhor do que um sorriso sem rosto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Êta ambivalência gostosa. Ir e vir. AmarOdiar, é o que nos resta. Gostei do dito e do balbuciado.