quarta-feira, agosto 31, 2005

Colhendo flores

Vou inaugurar aqui o que chamarei de colhendo flores - registrar pensamentos e ditos para cultivar o jardim da vida de dias melhores, que todos desejamos.



"Sarvatah saram adatte yatha madhu-karo budhah."
"O homem inteligente extrai a essência do conhecimento de todos os lugares, assim como a abelha coleta o néctar de cada flor." Bhagavatam IV:18.2.



"The last years of his life were devoted to the founding of the Khaldunia university, which he hoped would 'produce a modern progressive secular educated class of people who know the traditions and take the best of it'. They would, he hoped, join with activists working locally to construct 'alternatives that empower people and make alternative plans for economic growth', constructing a functioning democracy from below that will not simply caricature the word.

Eqbal describes with warmth and feeling the Sufi tradition that he remembers from his childhood in a village in Bihar, where Sufi worship united Hindus and Muslims. Simple and unpretentious, 'they preached by example', living 'by service and by setting an example of treating people equally without discrimination'. They appealed to the most oppressed, offering 'social mobility, as well as dignity and equality to the poor'.

I think Eqbal would not have been distressed to find himself remembered as a secular Sufi teacher and guide - by example in his life, by the power of his thought and words."

Thoughts Of A Secular Sufi, by Noam Chomsky, about Eqbal Ahamad's - at
www.chomsky.info


"No significant change occurs unless the new form is congruent with the old. It's only when a transplant is congenial to a soil it works. Therefore, it is very important to know the transplant as well as the native soil." Dr. Eqbal Ahamad.


Dificuldade e Prosperidade, em chinês, são grafados pelo mesmo ideograma. Isso não é novidade. Tampouco o fato de que são os atos que tragam em si um genuíno gesto de amor os responsáveis pela mágica de transmudar a dificuldadade em prosperidade. Talvez seja por isso que tanto repetimos certos padrões, nessa ininterrupta busca do que chamo essência - o amor. (euzinha)
Em 1º.09.2005.

Aos amigos, aos amores - flores!


"Pode haver nada mais confortável neste mundo do que um amigo velho?Não tem surpresas conosco, mas também não espera de nós o que não podemos dar. Não se escanaliza com o que fazemos, não se irrita, ou se se irrita, é moderadamente.... Não precisa a gente lhe explicar nada, o mecanismo de novos interesses e até mesmo de novos amores, porque o velho amigo conhece todos os nossos mecanismos. Mas, além dessa capacidade de compreensão quase infinita, se o amigo velho nos é acima de tudo precioso é porque preciosos também somos nós para ele." Raquel de Queiroz

"Se me obrigarem a dizer por que gostava dele...sinto que isto não se pode exprimir senão respondendo:Porque era ele, porque era eu." Montaigne (dessa frase eu gosto muito).

Em 3.9.2005

Hoje lembrei do Titãs cantando: eu vejo flores em você! Mas não tem essa frase na letra da música Flores. Lá elas são de plástico e, por isso, não morrem. Mas sob um certo ponto de vista, a gente não deveria ter medo da morte, pois é preciso que certos apegos morram para que uma vida diferente possa fluir com outros ritmos, nuances, vibrações e cores!!! E ver flores em alguém também pressupõe que alguma flor desabrochou em nós. Coisa boa que é saber que o nosso jardim está, novamente, de braços abertos para mais uma primavera!!! Faz bem lembrar que para vencer as ervas-daninhas, uma flor sempre agradecerá se for regada com gestos de amizade, carinho, confiança e... de novo, o tal do amorzinho!!! Então hoje é isso: eu quero sim ver muitas flores em você!!! E só prá contrariar esses afãs titânicos que nos acometem, dizer que as flores plantadas no coração, essas sim, não morrem jamais. Vivem eternas, não por serem feitas de plástico, mas por reverberarem na lembrança a intensidade de momentos presentes. Ah... tem presente melhor na vida que esse presente?

Em 09.09.2005

"Montaigne referia-se a La Boétie, sua alma irmã. Revendo a frase no seu blog, lembrei de outra, da qual também gosto muito. Também de Montaigne, falando igualmente de sua amizade com La Boétie:
(...) e assim se preparou essa amizade que nos uniu e durou quanto Deus o permitiu, tão inteira e completa que por certo não se encontrará igual entre os homens de nosso tempo. Tantas circunstâncias se fazem necessárias para que esse sentimento se edifique, que já é muito vê-lo uma vez cada três séculos.
Capítulo XXVIII, Da Amizade." - Essa flor eu registro aqui para que possamos vê-la florescer a cada primavera, cada vez mais bela. A amizade assim é feito aquele pijama gostoso ou qualquer roupa de ficar em casa, que a gente usa para se entregar ao encontro da liberdade de expressão com o aconchego.

Em 20.9.2005.

"Nós podemos chegar a ser cultos com conhecimento de outros homens mas nós não podemos ser sábios com sabedoria de outros homens." Hoje, novamente inspirada em Montaigne. Mas por que concordo com a assertiva? Pela inerente diferença entre a teoria e a prática. Apenas quando vivenciamos as teorias é que podemos emitir um saber sobre o dito que portam. O tempo, aqui, é o lógico, não o linear.

Em 21.9.2005.






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